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Mariana Gonçalves, série "Corpo-jardim" (2019)

Técnica: tecidos de malha, moletom, soft, atoalhado, tule preenchidas com fibra acrílica, ímãs.

Dimensões: escala humana, dimensões variam de acordo com a peça.

Corpo-jardim

Corpo-jardim nasce da necessidade de explorar possibilidades sensoriais e visuais ligadas à sensação do corpo contido na forma circular. Orifícios, invólucros e buracos de tecido: a “pele” dessas estruturas envolvendo a pele humana e a forma primária do ser como ovo, zigoto, feto.

Com instalações interativas em escala humana abre-se um parque, um pátio, um jardim de possíveis meios de se enfiar.  São esses vácuos presentes, de textura macia, que gentilmente sussurram os contornos do corpo que englobam. Os volumes e as texturas procuram escavar subjetividades que apenas o corpo antes da mente, básico, primário, ainda detém.

A série Corpo-Jardim é composta por peças criadas como extensões simbólicas do meu próprio corpo, gerando a possibilidade de testar e explorar os limites entre o “eu”e o “outro” por meio da permissão ao toque. A resposta do público a esse corpo disponível e penetrável gera reflexões sobre abuso, violência e misoginia.

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